Quiet Quitting: Utopia ou Realidade?

Um movimento trazido pela geração Z ganha força e notoriedade nas redes sociais e no mundo corporativo.
Com várias interpretações, a expressão é mais conhecida no Brasil como Demissão Silenciosa.

Mas o que é isso?

Em linhas gerais, o “Quiet Quitting” nos traz muitas reflexões sobre o nosso atual momento profissional: uma jornada de trabalho exaustiva, prazos curtos, muita demanda e pressão para entrega de resultados.
Tudo extremamente corrido e o tempo passando na velocidade da luz.

E onde fica a vida pessoal nessa rotina?

Foi assim que começou a surgir o seguinte questionamento:
Como podemos cuidar da nossa carreira sem descuidar da nossa saúde mental e do nosso bem estar?

Missão difícil, ainda mais com a chegada da de uma pandemia mundial, a COVID-19, em que o isolamento social se fez necessário e o trabalho remoto, que antes parecia um sonho distante, se tornou mandatório e mostrou, além de suas vantagens, seus desafios também.

Muitos profissionais trabalhando remotamente, sem ter local adequado para a sua jornada laboral. Horários além do contratual. Dezenas de reuniões virtuais diárias ao som de crianças, cachorros, panelas e campainhas. Um verdadeiro caos para se concentrar. O limite entre vida pessoal e profissional cada vez menos óbvio.

Sem contar com a alimentação inadequada e falta de atividade física que promoveram sobrepeso, dores lombares, entre outros problemas sérios de saúde, inclusive o burnout.

 

E onde entra a Demissão Silenciosa?

Para algumas pessoas, o “Quiet Quitting” é trabalhar conforme o que foi combinado. Sem ir além do escopo de trabalho ao qual foi contratado. Nem mais, nem menos.
Alguns podem interpretar como falta de ambição e crescimento em suas carreiras.
Outros classificam o termo como uma estratégia para estabelecer limites saudáveis.
Trata-se de entender o que não está funcionando e porquê, reconhecer limites, priorizar e buscar mais harmonia entre o profissional e o pessoal.
“Quiet Quitting” tem sido bem polêmico entre gestores, RH e estudiosos da área de Desenvolvimento Humano.

Com base nisso, deixo aqui algumas provocações:

Como você sabe se você tem qualidade de vida?
O que é qualidade de vida para você?
O que teria que acontecer para você sentir que alcançou uma harmonia entre pessoal e profissional?
Como você pode abrir um espaço de troca e conversa com sua equipe sobre esses pontos?